26 de novembro de 2011

Game - Batman Arkham City

Eu sempre gostei de histórias em quadrinhos. Nunca fui fã da DC Comics, é verdade, mas sempre fui fã do Batman. Depois de ler "O Cavaleiro das Trevas" de Frank Miller, gostar do Batman deixa de ser uma opção.


Também sempre gostei de videogame e apesar da idade já não permitir acompanhar tanto - e além que  com o tempo tudo acaba enjoando um pouco - de vez em quando ainda jogo um pouco. Depois fico me sentindo culpado por ter jogado - "putz, deveria ter usado esse tempo para escrever mais contos, assim nunca vou conseguir terminar nenhuma história". 


Só posso dizer que esse jogo combina com perfeição as histórias em quadrinhos com o videogame. E esse eu acabei jogando bastante.


Não joguei o anterior "Asylum Arkham" então não posso dizer se melhorou ou piorou. Só posso dizer que quando você começa a jogar esse aqui, tem a impressão que está controlando uma história em quadrinhos, tem a impressão que está realmente lutando ali nas ruas sujas, que está mesmo planando pela noite e quase consegue sentir o cheiro da cidade. 


A variação de movimentos e aparelhos é enorme, mas você vai se adaptando com naturalidade. A história principal pode ser terminada em uns dois ou três dias, mas daí ainda restam algumas missões secundárias e os desafios do Charada (esse acaba tomando a maior parte do tempo).


Um jogo praticamente perfeito na minha opinião.


Vale cada centavo do (salgado) preço. 







23 de novembro de 2011

Legião Urbana - Sereníssima

Essa é provavelmente a banda que mais ouvi e mais gostei na vida. Tive a grande oportunidade de presenciá-los ao vivo no Parque Antártica, em 1990 se não me engano. Bons tempos.






Sou um animal sentimental
Me apego facilmente 
ao que desperta meu desejo.

Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver 
o que acontece.

Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem
outras coisas.

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas
existem possibilidades.

Tínhamos a idéia, mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de ideia.

Já passou, já passou - quem sabe outro dia.

Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?

O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, 
falávamos de amizade.

Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além 
do que duvido.

Você espera respostas que eu não tenho mas
Não vou brigar 
por causa disso.

Até penso duas vezes se você quiser ficar.

Minha laranjeira verde, por que está tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada?

Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.



20 de novembro de 2011

Decisões, castigos e risadas

A decisão é sua! - Então temos livre arbítrio, certo? Quer dizer que somos livres para fazer o que quisermos, o que tivermos vontade. São muitas as possibilidades e os seres humanos são muito indecisos, mas não há com o que se preocupar, existe um manual para nos ajudar a viver, um livro de regras que mostra um caminho seguro a seguir, o caminho que conduz à salvação. Devemos usar o livre arbítrio e seguir essas regras, que foram criadas pelo mesmo ser que nos criou e nos deu a liberdade de escolha. “Posso seguir um caminho diferente?” – Claro! Mas esteja preparado para o mar de fogo e enxofre que o aguarda.


Deus castiga - Existe um Deus de amor, um Deus vivo, que nos criou e mandou Seu filho – que na verdade era Ele mesmo – para expiar nossos pecados, para sofrer e morrer na cruz pra que nós pudéssemos conhecer o caminho, a verdade e a vida. Um Deus que nos ama. Engraçado ser esse mesmo Deus que condena ao inferno, onde as almas são torturadas por toda a eternidade.


O Diabo dá risada - O diabo até que não se deu mal no final da história. “É melhor reinar no inferno do que servir no céu”. E ele está lá, reinando, com um vasto estoque de almas para torturar por todo o sempre. Ora, além de ir para o inferno e ficar lá queimando (no mármore, magma ou seja o que for) pela eternidade afora, ainda teremos que conviver com o fato de o torturador ter uma alma mais perversa que a nossa? Afinal, o inferno é reservado para os maus e pelo que sei, nesse quesito, embora talvez chegue perto, nenhum humano supera o primeiro dos anjos caídos. Ele deveria estar queimando ou cozinhando, ou seja lá o que for que acontece no inferno (sinceramente espero nunca descobrir), enfim, deveria sofrer num grau acima das demais almas que estão lá, não dar risada enquanto as espeta com seu tridente! Seria essa a tortura, ou melhor, seria esse o escárnio final de Deus sobre os pecadores?

14 de novembro de 2011

Dicas de vídeo [05]

Pulp Fiction - Tempo de Violência  
Essa é a obra-prima de Quentin Tarantino. Assisti umas 20 vezes esse filme e quero assistir de novo, é simplesmente sensacional. É criativo e inovador ainda hoje, imagine no lançamento. Parece que foi ontem, mas lá se foram 17 anos.

Imperdível, clássico, obrigatório.




Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles    
Peguei esse pensando - bom, acho que em breve terei mais um filme para NÃO RECOMENDAR no blog. É ruim, mas não tanto. Acho que o maior mérito do filme é se entregar à ação pura e simples sem muita pretensão. Acaba sendo divertido.

Para quem quer passar o tempo sem queimar muito os neurônios. 



Água Para Elefantes   
Quando minha esposa trouxe esse (foi ela, eu juro!) já pensei - "Putz, que baboseira". Engraçado que na maioria dos filmes românticos pensamos a mesma coisa e acabamos dando risada e gostando depois. Com esse não foi diferente.E também foi bom para quebrar um pouco o preconceito com o Robert Pattinson por causa da saga "Crepúsculo", até que o cara atua bem.

É um bom filme, recomendo.


Incontrolável
Ação básica e previsível, no melhor estilo "Sessão da Tarde". Não chega a ser um filme ruim, só não tem nada demais. É tipo um "Velocidade máxima", trocando o Keanu Reeves pelo Denzel Washington. 
Fico em cima do muro quanto a recomendar, provavelmente haverá melhores opções na locadora, mas é uma boa para se assistir com a família, principalmente com os pais que gostam de ação mais à moda antiga.

Skyline - A Invasão   
Esse aqui foi mais ou menos no mesmo esquema do "Batalha de Los Angeles" descrito acima. Mas dessa vez eu estava certo infelizmente. O filme é uma verdadeira bomba.

Só vale se você estiver com insônia. É colocar isso aí pra rodar e tiro e queda, dorme igual criança.

9 de novembro de 2011

Chuta que é macumba

Dizem que se macumba ganhasse jogo, o campeonato da Bahia terminava empatado. Também dizem que sorte é o encontro da competência com a oportunidade.

Bom, eu não acredito em macumba, mas eu acompanho futebol há 25 anos e a observação me levou a acreditar um pouco no fator sorte. O camisa 10 (algum torcedor do São Paulo ainda se lembra o que é isso?) chuta da intermediária, a bola explode no travessão, volta para o meio da área e o zagueiro tira de qualquer jeito. 2 milímetros para baixo e a bola teria resvalado no travessão e estufado a rede. Alguns centímetros de campo para trás que o chute fosse dado e o efeito seria o mesmo - gol. Podemos dizer que faltou competência no chute? Acho que não. O mesmo camisa 10 finaliza do mesmo lugar, mas dessa vez é um chute torto e relativamente fraco, só que no meio do caminho o zagueiro adversário resolve cortar e acaba desviando a bola do goleiro. Um gol improvável em um chute executado sem muita qualidade. O que é isso? Competência do atacante que arriscou? Incompetência do zagueiro que falhou? Bom, eu chamo de sorte e azar.

A discussão é longa e as teorias são variadas. Os defensores dos campeonatos de pontos corridos (grupo em que eu já estive) dizem que nesse formato o fator sorte é minimizado. Um time pode ter sorte ou azar em algumas partidas, mas ao longo da competição a competência prevalecerá e o melhor, o mais constante, será o campeão. Após alguns anos de observação eu tenho algumas dúvidas quanto a isso. Quantas decisões já não ficaram para a última rodada, para uma única partida, sujeita a erros de arbitragem, falhas, chutes de rara felicidade, mala preta, mala branca, e toda miríade de eventos que podem mudar o rumo de um jogo?

Mas esse é outro assunto.

Toda essa conversa sobre sorte e azar foi para dizer o seguinte - o São Paulo está zicado.

Falta competência? Falta comando? Falta comprometimento de boa parte do elenco? Falta uma postura com mais foco no futebol por parte dos dirigentes? Falta um camisa 10? Falta um Lugano para comer a grama, intimidar os adversário e inspirar e cobrar os companheiros a comer grama também? Falta treinar a defesa para cortar bolas aéreas? Falta alguém para segurar a bola e esfriar o jogo quando o time está ganhando? 
Sem dúvida.

Mas também está faltando sorte e isso conta muito no futebol.

No último Sábado o São Paulo abriu 3 x 1 contra o Bahia. Dominava o jogo e teve a chance de fazer 4. Daí tomou um gol, a torcida adversária cresceu, tomou o empate e a torcida sufucou, tomou a virada e os baianos terão uma virada épica (e merecida) para se lembrar e contar aos netos. Sobrou competência ao tricolor de aço, faltou ao tricolor paulista, isso não se discute. Mas esse tipo de virada não acontece todo dia e aconteceu conosco. No primeiro turno, quase ocorreu algo parecido contra o Coritiba. Eu também considero obra do acaso quando o time adversário está num momento de rara felicidade. O que o Jobson tinha feito no campeonato de 2009? Bom, contra o São Paulo ele fez dois golaços que nos custaria a liderança que por sorte não nos foi tirada naquela rodada. O que fez o Goiás no campeonato de 2009? Contra o São Paulo fez uma partida onde tudo deu certo e todas as finalizações balançaram a nossa rede.

No jogo em que Adilson caiu esse ano, o São Paulo jogava melhor, dominava. Rogério cobrou uma falta que passou perto da trave um pouco antes de tomar o gol. Se é numa época de vacas gordas aquela bola entra. Os chutes do Jobson iriam para fora e os do Washington para dentro em 2009. Por mais que você tente, treine e seja competente (não, o Washington não era), se a sorte não estiver ao lado, não adianta. Se a sorte não estivesse do nosso lado em 93, nunca a bola teria batido no calcanhar de Muller e entrado no gol do Milan - talvez fizessemos o gol de outra forma, ou venceríamos nos pênaltis, mas talvez o Milan teria virado se não fosse aquele gol. Se a sorte não estivesse do nosso lado em 86, nunca aquela bola acabaria nos pés de Careca dentro da área do Guarani no último minuto da prorrogação - e nessa situação sim, não haveria mais o que fazer nem o que acontecer.

Os exemplos são muitos, tanto de sorte quanto de azar. Esse ano, fizemos certo e deu tudo errado, trouxemos Luís Fabiano de volta e o time acabou desandando, contratamos o meia (uma grande incógnita é verdade) e o cara fica 10 minutos em campo e se machuca, tem que operar e ficar 8 meses parado. Tomamos viradas épicas como a do último Sábado, gols bestas por falhas grotescas e outros por mais azar do que qualquer outra coisa. O 2º gol do Flamengo no Morumbi e o gol da eliminação na Sul-Americana (bola bate na trave, volta, bate na cabeça do Rogério e entra) são os maiores exemplos do que eu quero dizer.

Temos 15 pontos pela frente, mas a vaga na libertadores me parece um sonho distante agora. Tudo muda de um fim de semana para o outro, mas como disse o poeta - sem sorte não se toma nem um picolé. E esse time, além de pouco competente, está zicado.

Deve ser macumba de corintiano.




Festa Portuguesa

O futebol é engraçado. Às vezes ele estraga nosso dia, por mais que tentemos negar, por menos que queiramos nos importar - "nunca mais torço por esse time enquanto esses mercenários estiverem vestindo essa camisa!" é uma frase recorrente após uma derrota humilhante. A indignação dura um, dois dias, dura um jogo.

O futebol é engraçado. Às vezes ele salva o nosso humor, nos dá aquela alegria boba e inesperada com gosto de infância, de inocência. Na semana seguinte a derrota amarga, no próximo Sábado, no próximo Domingo, no próximo jogo, estamos lá novamente, torcendo pelos mercenários, gritando seus nomes e pensando "agora ninguém segura!" após uma vitória.

O futebol pode ser cruel, injusto. Já vi grandes times perdendo por detalhes, por uma partida ruim, uma bola que bateu na trave e entrou de um lado e bateu na trave e saiu do outro. Já vi grandes jogos sendo completamente estragados porque o cara soprando o apito decidiu aparecer mais que os jogadores.

O futebol é o esporte mais apaixonante que existe, não conheço quase nenhum outro, mas tenho certeza do que estou dizendo. A paixão pelo jogo independe da divisão, do campeonato, da fase, do time, da torcida. Na hora em que a rede balança, todos os corações batem na mesma sintonia, todos voltamos a ser criança por pelo menos um instante. E esses são aqueles momentos pelos quais se vale a pena viver.

O futebol pode ser cruel, injusto, mas também pode ser bonito.

Hoje o Canindé estava bonito, lotado. Corações apaixonados cantavam em sintonia "Lusa ê ô, Lusa ê ô, Lusa ê ôôôôôôôôôôôô" e presenciar isso foi bonito como contemplar a lua que iluminava o céu dessa noite mágica. Era o jogo do título e a Portuguesa com sua quase impecável campanha merecia isso. A torcida merecia isso.

Do outro lado estavam os leões de Recife, o Sport, um time aguerrido e incrivelmente veloz. E o primeiro gol deles saiu rápido, bem na hora que eu estava entrando no estádio, ouvi a torcida da lusa calada e os jogadores de branco se abraçando - percebi que algo não estava bem. Eu nem cheguei a ver o gol. E nem vou ver replay, nem VT. Não quero estragar as minhas memórias dessa noite vendo os lances pela televisão.

Com o tempo eu vou me esquecer da maioria das jogadas, talvez me esqueça da falta no travessão e do chute raspando que trariam o empate ainda no primeiro tempo. Talvez me esqueça dos rápidos e perigosos contra-ataques que o Sport puxava. Talvez me esqueça ou supervalorize de maneira romântica a garra que a Portuguesa voltou para o segundo tempo, pressionando no mesmo embalo da torcida que não parava de cantar.

Talvez esqueça até detalhes do golaço de empate, no belo chute de Marco Antônio, talvez esqueça detalhes do drible sensacional de Luís Ricardo antes de cruzar para a área e a rede estufar no gol da virada. Talvez esqueça o gol de empate do Sport. Sim, talvez eu esqueça alguns detalhes, me confunda e exagere outros.

Mas eu tenho certeza que nunca vou me esquecer os sentimentos que vivi nessa noite, assistindo de perto essa partida onde dois times mostraram como uma briga entre leões deve ser. Nunca vou me esquecer a alegria de pular como criança na arquibancada, comemorando um gol, comemorando um título.

Nunca vou me esquecer do dia em que eu fui no Canindé lotado e vi a Portuguesa ser campeã. Eu vi a alegria genuína no rosto das pessoas à minha volta e não há como não se contagiar com isso. E quando isso acontece, você tem certeza que é um daqueles momentos pelos quais se vale a pena viver. Você tem certeza que mesmo não conhecendo muito outros esportes, o futebol é o melhor e mais apaixonante de todos eles.


Parabéns Lusa! E muito obrigado.


"We are the champions, my friends!"

6 de novembro de 2011

Já encheu o saco - Taça das bolinhas

Em 1971 teve início a história do campeonato brasileiro de futebol, organizado pela então CBD, nos moldes que conhecemos hoje, tendo como grande campeão o Clube Atlético Mineiro. A taça da competição seria de posse transitória, passando de campeão para campeão, ano após ano, até que algum clube conseguisse consquistá-la por 3 vezes seguidas ou por 5 vezes no total. Entrariam nessa conta os torneios organizados pela CBD/CBF.

Em 1987 a CBF jogou a toalha e assumiu que não teria condições de organizar o campeonato brasileiro de futebol (condição que na prática se mantém veladamente até hoje). Os times, liderados pelo São Paulo Futebol Clube, organizaram uma liga, que ficou conhecida como Copa União. Contando com os 12 gigantes e alguns poucos coadjuvantes o campeonato foi um sucesso e teve como legítimo campeão o Clube de Regatas do Flamengo. Era o tetracampeonato nacional do mengão. Porém, paralelo à Copa União, um outro campeonato foi disputado, envolvendo os demais times, inclusive o Guarani, vice-campeão do ano anterior. Esse torneio, que teve o Sport Clube do Recife como campeão, acabou sendo considerado oficial pela CBF. Para unificar os campeonatos, foi proposto que os campeões se enfrentassem, para unificar o título.

O Flamengo, apoiado pelos outros grandes que disputaram a Copa União, se negou a jogar. A CBF então reconheceu o Sport e o resto do mundo o Flamengo como campeão nacional de 87.

E a vida continuou.

Veio 92 e mais um título nacional para o Flamengo, o quinto de sua história, o quarto reconhecido pela CBF.

E a vida continuou de novo, ela sempre faz isso.

Veio 2006 e o São Paulo consegue seu 4º título brasileiro. 2007 e o tricolor é pentacampeão, reconhecido pela CBF. 2008 vem o hexa, três campeonatos seguidos. O São Paulo exigiu a posse definitiva da taça, a famigerada Taça das Bolinhas e o Flamengo não gostou, alegando ter sido o primeiro pentacampeão em 92.

E aí começou uma das maiores palhaçadas do futebol brasileiro nos últimos tempos.

Tivessem os dirigentes dos grandes clubes seguido o exemplo da Copa União e continuado a organizar os campeonatos sem a mão opressora da CBF, nada disso teria acontecido. Mas a mesquinharia e covardia fala mais alto para esses senhores.

O São Paulo alega ser o primeiro pentacampeão reconhecido pela CBF (justamente a CBF que tanto nos prejudica e a quem o clube tanto combate), o que é verdade. O Flamengo alega ser o primeiro pentacampeão nacional depois de 71, o que também é verdade, os grandes, liderados pelo próprio São Paulo, reconheceram isso em 87.

A Taça virou arma política. O presidente da CBF acena com ela e os dirigentes fazem o ridículo papel de um cão querendo abocanhar o osso. É patético. A taça veio para o Morumbi, mas a cada semana surgem decretos com a intenção de tirá-la de lá.

São Paulo e Flamengo, dois gigantes mundiais, dois times que dentro de campo são capazes de protagonizar jogos memoráveis que mexem com 50 milhões de corações, agora estão numa disputa nojenta de bastidores, criando uma rixa desnecessária por um simples pedaço de lata. Sim, é isso que as taças são, todas elas. O que importa são os títulos, as emoções vividas pelos torcedores e as lembranças. Isso ninguém pode nos tirar, não há taça que substitua. O que mais me impressiona são torcedores, dos dois lados, defendendo apaixonadamente a posse da taça, um acusando o outro de ladrão, outro acusando o um de mentiroso. Estamos numa época conturbada, levando o esporte a sério demais, criando inimizades demais. Parece que sempre precisamos provar ser os melhores e muitas vezes fazemos isso rebaixando os outros, difamando. Quanto maior for o Flamengo, maior será o São Paulo. E vice-versa. A importância desses clubes não aumentará nem diminuirá com a posse ou falta dessa taça.

Essa poderia ser a grande oportunidade para se dar um grande golpe na CBF e um grande exemplo de espírito esportivo, replicando a taça, deixando uma na Gávea, outra no Morumbi e a original em algum museu. Bastaria um pouco de boa vontade e coragem dos dirigentes. Mas a mesquinharia e covardia fala mais alto para esses senhores e senhoras.

Sinceramente, fico triste e envergonhado ao acompanhar meu time do coração envolvido em tal disputa.

E essa taça das bolinhas já encheu o saco.




4 de novembro de 2011

Pearl Jam - Do The Evolution

Eu não gostava do Pearl Jam. Tinha asco na verdade, não suportava ouvir. Daí veio essa música e esse clipe, que é um dos melhores de todos os tempos. Comecei a ir em alguns shows de uma banda cover dos caras (muito boa por sinal) e meu gosto acabou mudando. Não posso dizer que sou fã, mas hoje aprecio bastante as maiorias das músicas que ouço. E hoje vou no show deles no Morumbi!



I'm ahead, I'm a man
I'm the first mammal to wear pants, yeah
I'm at peace with my lust
I can kill 'cause in God I trust, yeah
It's evolution, baby

I'm at peace, I'm the man
Buying stocks on the day of the crash
On the loose, I'm a truck
All the rolling hills, I'll flatten 'em out, yeah
It's herd behavior, uh huh
It's evolution, baby

Admire me, admire my home
Admire my son, he's my clone
Yeah, yeah, yeah, yeah
This land is mine, this land is free
I'll do what I want but irresponsibly
It's evolution, baby

I'm a thief, I'm a liar
There's my church, I sing in the choir
(hallelujah, hallelujah)

Admire me, admire my home
Admire my son, admire my clothes
'Cause we know, appetite for a nightly feast
Those ignorant Indians got nothin' on me
Nothin', why?
Because... it's evolution, baby!

I am ahead, I am advanced
I am the first mammal to make plans, yeah
I crawled the earth, but now I'm higher
2010, watch it go to fire
It's evolution, baby
It's evolution, baby
Do the evolution
Come on, come on, come on

2 de novembro de 2011

Dicas de vídeo [04]

Réquiem Para um Sonho       
Esse não é um filme para se assistir com a família. Não é um filme que te deixa bem, pelo contrário - é perturbador ao extremo, pesado. Mas esse filme é uma obra de arte, é algo raro.

Obrigatório.





Kick-Ass - Quebrando Tudo   
É violento, sádico, politicamente incorreto. E provavelmente um dos melhores filmes de super-heróis já feitos.

Extremamente recomendado!







Herencia            
Para quem quer um filme mais "light". Não é comédia romântica nem nada disso, é só mais um bom filme argentino (aliás, como são bons os filmes argentinos!), história bem contada, personagens bem trabalhados.

Recomendo.






Sucker Punch - Mundo Surreal       
Assisti esse filme no IMAX. O diretor Zack Snyder que havia acertado a mão nas adaptações de 300 e Watchmen, dessa vez se perdeu. O filme é um grande videoclipe e logo os efeitos especiais e cenas de ação (excelentes aliás) acabam não compensando a falta de história. Nem a tela gigante salvou o filme, dinheiro jogado fora.