8 de abril de 2012

Já encheu o saco - Big Brother

Há uns 12 ou 13 anos, no auge da adolescência e da arrogância inerente a esse período da vida, eu tinha certeza absoluta que ouvir punk rock era a coisa certa a fazer.  Pra mim havia um propósito naquelas músicas, uma rebeldia, um grito de ódio contra o sistema e contra a opressão. Eu não era, nem nunca seria mais um alienado, como eram os pagodeiros e sertanejos com suas músicas de dor-de-cotovelo, nem um fútil depravado que só queria pegar uma menina fútil e depravada enquanto dançava forró ou axé, nem alguém que só dava valor à forma e não ao conteúdo ouvindo músicas com muitos acordes que não levavam a nada, como faziam os metaleiros. Não. Eu era superior a tudo isso.

Porra, eu ouvia Bad Religion!

E tinha certeza que o mundo seria um lugar melhor se todos fizessem o mesmo.

(Não, eu não errei no título, esse texto é sobre o Big Brother mesmo, já vamos chegar lá).

Hoje me lembro disso e acho um pouco de graça. E também sinto um pouco de vergonha, afinal, como eu podia ser tão bobo e prepotente? Mas logo em seguida já vem o questionamento – será que eu mudei? Bom, continuo ouvindo punk rock, mas agora a minha única certeza é que isso vai mudar tanto o mundo como o funk, axé, sertanejo, pagode ou qualquer outro estilo musical. Sim, no que tange a música eu acredito ter “amadurecido” por assim dizer, mas será que em outros assuntos não tenho uma postura parecida com aquela que tinha quando era jovem? Será que eu ainda sou iludido pelo engodo de me achar um ser superior só por preferir determinada linha de pensamento, ter determinados hobbys e hábitos? O Big Brother me fez perceber que sim, que ainda caio nessa armadilha. E que fazer julgamentos é muito fácil e muito tentador.

Faz tempo que estou querendo escrever sobre esse assunto (BBB). Já vi outros blogs falando sobre esse tema e a maioria escolheu a abordagem que eu inicialmente escolheria – “esse programa é uma porcaria e deixa as pessoas mais alienadas e menos inteligentes”. Bom, foi nessa hora que respirei fundo e pensei – será que se eu partir para essa linha de pensamento, não estarei sendo tão arrogante quanto era com a música há alguns anos? E será que não estarei contradizendo o que eu acredito? Sim, certamente estaria (na verdade estarei, porque tenho a impressão que vou fazer mesmo assim).

Primeiramente – no que eu acredito? Eu acredito na vida do cidadão comum, em acordar cedo e trabalhar, porque (infelizmente?) essa é a minha realidade, é a única realidade que eu conheço. E em mais nada – Deus, céu, paraíso, inferno, karma, dharma, desígnios divinos, evolução espiritual, reencarnação, etc. Nada. Só acho que estamos largados aqui, totalmente por acaso, vagando por esse mundo, desprovidos de propósito, sem ter qualquer tipo de missão a cumprir, qualquer tipo de lição a aprender. Só tentando preencher da melhor forma aquele tempinho entre o nascimento e a morte. Isso quer dizer que, tanto faz se você passou o tempo lendo “Genealogia da Moral” de Nietzsche ou “O Veneno do Escorpião” da Bruna Surfistinha, se você ouviu Mozart ou Michel Teló, se você assistiu toda a obra do Godard, do Bergman, do Kubrick e do Aronofsky, ou se você ficou dando uma espiadinha no Big Brother. Em última instância, vamos morrer e tudo será apagado, esquecido e perderá todo o valor que nunca teve. Como disse o Rei Salomão– “Tudo é vaidade e vento que passa. Não há nada de proveitoso debaixo do sol”.

Não estou dizendo que eu gostaria que fosse assim, só estou dizendo que eu acho que seja assim (sinceramente, gostaria muito de estar errado). Quando eu disse à minha mãe que não acreditava em Deus, ela me perguntou “ah, então todo mundo pode sair matando, roubando, fazendo o que quer e se não for pego aqui na terra vai morrer e ficar sem receber nenhum tipo de punição? É isso que você acha certo?”. Respondi que não, não acho certo e nem justo, mas é isso que eu acho que acontece. E o universo não vai mudar por eu discordar do mecanismo das coisas.

Mas isso é outro assunto. Vamos voltar à casa mais vigiada do Brasil.

O título da crônica é “já encheu o saco”. E eu de certa forma posso ter passado a impressão de estar argumentando a favor do BBB. Não é o caso, não estou contra, nem a favor. Mas já estou de saco cheio - todo ano é a mesma coisa. Você liga a TV, está lá – propaganda a cada dois segundos, trechos do programa, gente chorando, cochichando, bebendo e mostrando a bunda na beira da piscina (não, eu não sou moralista, nem hipócrita – nádegas femininas me atraem, me agradam a visão, mas não naquele contexto, não enquanto a dona da bunda bonita fala e demonstra o quão vazia e feia é por dentro). Acessa um site de notícias, está estampada a manchete em letras garrafais dizendo quem ficou com quem, quem se embebedou, quem tá no paredão, quem é o anjo, quem indicou quem, quem estuprou quem. Eu assisti alguns episódios (será que podemos chamar de episódios? Ou seriam capítulos? Ou outra coisa? Bom, não importa.) do primeiro BBB (que o Kléber Bam Bam ganhou se não me engano), também assisti alguns da “casa dos artistas” (do Supla e Bárbara Paz). Era novidade, mesmo assim acabei enjoando rápido. E sempre que vejo uma nova edição ser lançada (normalmente no intervalo dos jogos, que é praticamente a única coisa que me motiva a ligar a TV), penso – “será que as pessoas não enjoam disso? Eu nem assisto e já estou de saco cheio...”. E já estamos na 12º edição do negócio?

O BBB é um veneno que corrompe a sociedade? Acho que não, mas é aqui que vem o tema que gostaria de discutir. Na minha opinião, o BBB é só mais um programa fútil (a análise é totalmente subjetiva). Isso é ruim? Depende. Eu acredito (olha, achei mais uma coisa que eu acredito!) que tudo o que é demais acaba fazendo mal. Eu não suportaria viver só de coisas supostamente intelectuais, reais e eruditas. Não, acho que um pouco de futilidade, um pouco de distração e entretenimento descompromissado é importante de vez em quando. O tal do BBB preenche essa lacuna (Ratinho e Luciana Gimenez são outras “boas” opções na televisão). O problema que vejo é quando a futilidade ocupa 100% do tempo das pessoas. Quando o BBB é só mais um dos programas vazios que assistimos. “Ah, mas você não falou que tanto faz o que assistimos? Que tudo vai acabar de qualquer forma e perder o valor?” – sim, é verdade. Mas também falei que temos que tentar preencher da melhor forma o tempo entre o nascimento e a morte, certo? E não acredito que levar uma vida totalmente baseada em futilidades seja a melhor forma de se preencher o tempo. Por quê?

Porque acredito (caramba, já estou me sentindo quase um crente!) que devemos buscar um equilíbrio na vida, tentando encher o coração de alegria quando e enquanto isso for possível (isso também é falado pelo rei Salomão em Eclesiastes) e nos preparando para as mazelas e dias de sofrimento que certamente virão. Suponho (baseado apenas em observações pessoais) que a futilidade atrapalhe nesse ponto – pessoas fúteis me parecem menos preparadas para enfrentar a realidade, a dureza e o sofrimento indissociável da condição humana (embora às vezes pareçam se divertir mais em seu universo paralelo de conto de fada). Essas pessoas também me parecem menos aptas a questionar e mesmo a entender o mundo que as cerca. Não que isso seja de grande valia, acho que o máximo que podemos almejar é ver as cordas que nos controlam. Mas isso não nos tira da condição de marionetes.

Em última instância, vamos morrer e tanto faz o que fizemos ou deixamos de fazer em vida. Não vai morrer menos quem viveu mais, e não há argumento contra isso (pelo menos nenhum que não precise apelar para o sobrenatural). Mas, levando em conta os outros fatores que apresentei (se alguém teve paciência de chegar até aqui) e considerando também que não é tão simples apenas “não gosta, muda de canal”, dado o poder de “coerção” da rede Globo, eu questiono:

O que poderia passar no lugar do BBB?

Que tipo de programa agrega algo em cultura, diminuição da futilidade e do vazio?

Existe isso na sua opinião?

Esse tipo de programa teria audiência?

A única que eu responderia com certeza seria a última. Definitivamente não teria audiência. Pois o que gostamos mesmo é de assistir a vida dos outros enquanto a nossa própria vida passa, ouvir o choro das almas vazias habitando corpos bonitos, que se bronzeiam em horário nobre na beira da piscina.


54 comentários:

  1. Es cierto, cuando uno es joven le va más la música cañera y distorsionante. Ese es mi caso, también. Después uno va cogiendo otros parámetros en la vida un poco más asentados.
    En cuanto a la "caja Tonta"-La televisión, como la llamo yo; es una plaga de mal información y tele-basura.
    Un abrazo, Fabio. Magnífico Relato; crítico y realista.

    ResponderExcluir
  2. Se eu começar a escrever tudo que penso sobre o assunto, mesmo só tendo assistido, somando pequenos pedacinhos que muitas vezes nos são impostos (na casa alheia, por ex.), provavelmente ficaria a tarde inteira. Mas como não tenho paciencia pra esse BBB que afinal, já encheu o saco desde a primeira edição.
    Vou concordar com o Pedro e com vc e só.

    Além do mais, vc bem conhece minha opinião, seguindo o modelo paterno que me foi apresentado, o paredão deveria ser de outro tipo! HAHAHAHA.

    ResponderExcluir
  3. Detesto,

    Não assisto TV (nada) há mais de 04 anos e não sinto falta.
    Que programa de qualidade existe hoje? Sei lá,

    Mas enquanto lia seu post, me veio à cabeça Legião: `vamos celebrar a estupidez humana a estupidez de todas as nações...`



    Fábio, uma semana de paz,



    bjkas

    ResponderExcluir
  4. Oi Fábio
    Obrigada pelo comentário delicado deixado no bloguinho.
    Achei seu texto ótimo, você escreve super bem.
    Contudo, discordo de você em alguns pontos, especialmente no que se refere à religião, fé em Deus etc. Não vou entrar no mérito da questão, porque é um assunto muito polêmico e não estou a fim de falar sobre ismto neste momento
    Com relação ao BBB acho horrível, não suporto.
    Um abraço e boa noite.

    ResponderExcluir
  5. BBB é uma bosta. ( com todo respeito pra quem gosta)
    Moscas também gostam de mer...cadoria. (milhares de moscas não podem estar erradas...)
    Quanto a religião; fé; certeza do amanhã...
    Nada é por acaso. a VIDA é sistematicamente perfeita. Nós é que somos imperfeitos. Dizem que a natureza nos fez o menos possível para que nos transformássemos no mais possível. Será? De qualquer forma, mesmo sendo ateu, eu creio que existe uma forçam; luz, de onde emanamos. Chamem de big-bang; Pai Luz, Deus, sei lá. Mas há algo em nosso substrato que sempre preexistirá.(digo: precisamos ter fé em algo para não morrermos de verdade. Nietzsche: precisamos da arte para não morrermos de verdade).
    Abraços e uma ótima semana.

    ResponderExcluir
  6. VALEU MEU CARO...ALEM DA MINHA POSTAGEM QUE CRITICA O BIG BROTHER VOCE TAMBEM POSTOU UMA DEIXA FALANDO AQUILO QUE MUITAS PESSOAS GABARITADAS DEVERIAM SABER...EMBORA SABEM MAS FAZEM VISTA GROSSA POR QUE GOSTAM DA BAIXARIA...COMO NA VELHA ROMA ONDE A COMPETIÇÃO ENTRE ANIMAIS ERA ATRAÇÃO PRINCIPAL...ABRAÇO....E UMA ÓTIMA SEMANA...

    ResponderExcluir
  7. Oi Fábio. Eu não assisto porque não me atrai. Não condeno quem gosta. E concordo com você sobre a tentação de julgar. Porém, se o julgamento for para discernir o gosto e as preferencias pessoais, acho válido. Só não vale julgamento para diminuir o outro. Abraço!

    ResponderExcluir
  8. Fabio, eu tb não assisto esse programa, não tem a ver comigo, prefiro programas que mostram pessoas de verdade, natureza, tem tanta coisa bonita neste mundo, adoro o programa No Caminho, viajo junto, acrescenta algo, o que importante.

    Um grande abraço, uma semana abençoada
    Namaste

    ResponderExcluir
  9. Oiee!!
    Num tem jeito....gosto da tua escrita moço!!
    BBB é um bacanal de Herodes mais sofisticado com tecnologia Pay Per View,kkkkkk.....o laiá!!
    Boa semana pra ti!
    Bjs

    ResponderExcluir
  10. Olá Fábio,
    compartilho com você algumas dúvidas a respeito da validade ou não de coisas como o Big Brother! A reação mais natural é abominar o programa e tudo que aquilo representa! Todos vimos o Cléber Bam Bam e a sua boneca confidente... Outras pessoas estão vendo o besteirol por mais tempo, muito mais tempo! Temos que tolerar, afinal cada um tem o seu tempo!
    Um abraço

    ResponderExcluir
  11. O BBB é uma afronta à inteligência, moral, respeito e qualquer outra característica de uma pessoa íntegra!

    EU ODEIO ESSE MALDITO PROGRAMA!

    ResponderExcluir
  12. Olá!Boa noite!
    Tudo bem?
    ...tu sabes, que infelizmente, as TVs SÓ querem audiência, e por isso estimula as pessoas a toparem qualquer coisa por dinheiro, até mesmo expor suas intimidades , pode ser que seja até uma afronta a inteligência, e não acrescentar nada, mas eles só continuam com BBBs e similares porque tem audiência.
    A televisão vive uma falta de criatividade. É a responsável pela miséria cultural da nossa atualidade.Vamos aguardar, que , como já te disse, uma vez: que tenhamos um povo menos alienado e conformado!
    Nem dou sugestão de programas,por que parei de assistir TV aberta.
    Obrigado pela visita!
    boa semana!
    Abraços

    ResponderExcluir
  13. Meu amigo Fábio! Tirando fora o ateísmo, concordo com tudo que vc escreveu e assino embaixo! Parabéns! Ótimo texto e muito bem escrito! Obrigada pelo carinho! Bjo no coração! Ótimo início de semana!
    Elaine Averbuch Neves
    http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  14. Fabio, de vez em quando me permito uma futilidade...rss...assisti alguns capitulos do BBB e tb me passou isso pela cabeça: por que será que tem pessoas que se sujeitam a isso?...rsss...tanto a participar,quanto a assistir,mas a futilidade toma conta de nossa TV,isso é notório e tb não sei o que eles poderiam passar que desse audiencia e fosse mais proveitoso!Quem sabe um filminho que não fosse repetido? Não aguento mais ver reprises tb!Adorei sua cronica e ponto de vista!bjs e boa semana!

    ResponderExcluir
  15. Tinha feito um comentário enorme e a internet caiu.

    Amei seu texto, sério mesmo. Pela reflexão, por ser como eu penso, pelo fato de você conversar com o leitor (sobre o título e o tamanho do texto rsrs tem textos meus que faço isso também, me identifiquei). Bem escrito, com ritmo, fácil de ler e reflexivo!

    Isso sobre como ocupar a vida... me lembra um pouco a filosofia budista do caminho do meio, que é o equilíbrio (nem muito pro fútil, nem muito pro "erudito", como você disse). Parece que você é ateu e eu quase sou também. Não gosto de religião e nem de pensar no que vai acontecer quando eu morrer, meu foco é o que vou fazer enquanto vou viver, como vou ocupar minha vida. Equilíbrio. Gostei muito de como você falou isso.

    Acho que filmes e séries substituiriam bem o BBB, nesse feriado a Record foi líder no ibope com Todo Mundo Odeia o Cris e o SBT em 2° com Harry Potter. São divertidos e distraem.

    Ah, e obrigada por me seguir e pelo comentário!
    Bjo, boa semana!

    ResponderExcluir
  16. A mim este programa não acrescenta nada pelo contrário, mas acho que o de 2012 foi o pior.

    Saudações

    ResponderExcluir
  17. Paty e Fabio,
    é o Peterson que está digitando,

    gostaria de saber a possibilidade de irmos aí fazer uma visita no feriado de corpus christ de Junho (dia 07 quinta feira)
    ai ficariamos até domingo.

    podem verificar se ja tem ou nao compromisso.

    Valew abraços

    obs. Otimo post, filosofou bastante fora do tema mas uma coisa liga a outra mesmo rsrsrs

    BBB poderia dar lugar a algum documentario interessante sobre politica mas aí nao daria audiencia e consequentemente nao daria dinheiro e ja sabe como é né...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aee beleza, vou comprar as passagens de avião ^^


      Qualquer imprevisto ou coisa do tipo deem um toque.

      Excluir
  18. Eh mais uma das coisas ruins que existem na tv e para todas elas.....apenas nao assistam....

    ResponderExcluir
  19. Oi, Fábio, esse programa realmente não dá, nem falo no nível, porque não tem nível. Mas como dá dinheiro, vai ficando...
    É aquela coisa: educar um povo precisa competência, vontade, dinheiro. Esse é mais um programa copiado das coisas ruins que também existem lá fora. Mas é fácil, é só usar o controle remoto... O pouco que se vê, ao trocar os canais, já irrita. Estressa. Desilude quanto à seriedade de nossos programas de entretenimento que, ao menos, deveriam ter melhor nível.

    Beijos
    tais

    ResponderExcluir
  20. Belo texto o final vc foi perfeito, muitos preferem viver a vida dos outros.

    ResponderExcluir
  21. È um programa fútil, que não tem nada a nos acrecentar como pessoas, mas infelizmente o brasileiro gosta, e adora cuidar da vida dos outros. Acho que esse programa é adorado, pelas vizinhas fofoqueiras (que todo mundo tem uma), que não tem nada mais a fazer do que cuidar da vida dos outros.
    bjs:*

    ResponderExcluir
  22. Correndo o risco de sofrer represalia... esse programa é para pobre!

    >Pobre de espírito!

    ResponderExcluir
  23. Acredita que uma amizade de anos terminou por conta disso? Não acho que o BBB12 tenha sido o causador, mas enfim, era apenas uma desculpa para se afastar!
    Enfim rs, eu assisti esses programas muitas vezes em diferentes anos. Acho que é super comum as pessoas assistirem, mas noto que as pessoas deixam de viver e pensar em assunto mais sérios ocupando seu tempo com isso. Claro, esta é a minha opinião, cada um pensa o que quiser.
    Só que cheguei a conclusão que é uma grande perda de tempo (para mim) e deixei de assistir. Não passa de um teatro e que no final de contas, um cara se torna milionário e nós que torcíamos por ele, continuamos na mesma. Acho também que tudo depende da fase em que a pessoa está. Antes isso fazia a minha cabeça e tal, mas hoje em dia, não mais. Tenho outras preocupações e são outros programas que fazem a minha cabeça.
    Mudamos constantemente e são coisas da vida. Sei disso, porque como você, eu era uma roqueira e tinha um discurso. Um tanto contraditório (eu era punk e assistia BBB, OIIII?!!!). Mas enfim, são coisas de uma adolescente rebelde. Amei o post, ficou incrível o texto. Volte sempre, abraços ;)

    ResponderExcluir
  24. Olá Fabio, muito bom seu texto. Eu detesto essa novelinha de BBB não me acrescenta em nada. Faz alguns anos que parei de assistir. Beijos!

    ResponderExcluir
  25. Oi Fabio! Muito bom estar de volta e poder rever os amigos. Grande abraço.

    ResponderExcluir
  26. Eu já assisti o BBB...
    Penso que muitos assistem e por hipocrisia dizem que odeiam...blá blá blá; enfim, é necessário "o equilíbrio nas nossas escolhas; já discuti com um pessoal do twitter por causa do Michel Teló. Poxa! Tenho o direito de gostar ou não; se sou brega, não sou a única; mas tem gente que se acha tão intelectual e ...deixa pra lá!
    Gosto do jeito como escreves, da tua sinceridade, procuro ser assim.
    Hoje, aqui...te lendo, percebi que somos muito diferentes.
    "Não devemos julgar...*é tão difícil nossa vida!
    Como meu pai dizia: "o roto fala do esfarrapado e vice-versa¨¨ rs
    Você deveria ser "crítico(?) em algum jornal ou escrever crônicas.
    Beijinho pra ti; vê, tentei ser sincera, "sou minoria aqui.

    ResponderExcluir
  27. Saudações quem aqui posta e quem aqui visita.
    É uma mensagem “ctrl V + ctrl C”, mas a causa é nobre.
    Trata-se da divulgação de um serviço de prestação editorial independente e distribuição de e-books de poesia & afins. Para saber mais, visitem o sítio do projeto.

    CASTANHA MECÂNICA - http://castanhamecanica.wordpress.com/

    Que toda poesia seja livre!
    Fred Caju

    ResponderExcluir
  28. Não sei não se não teria audiência um programa cultural que fosse divertido e bem bolado.

    No geral as pessoas que eu conheço, todas reclamam da maioria das programações as quais são submetidas. Eu sou muito seletivo no que assisto e estou tomando o cuidado para educar minhas filhas da mesma forma.

    Assisto tv por assinatura e mesclo com os poucos bons programas da tv aberta que gosto.

    Eu acredito que a televisão é sim um ótimo veiculo de entretenimento e que poderia ter muito de seu espaço melhor aproveitado.

    No geral seu texto sobre BBB, diz o que as pessoas pensam, mas não o que elas fazem.

    Em outras palavras acho a maior parte da sociedade hipócrita. Diz que não gosta mas assiste, e está é a dura realidade. O que resta saber é se porque não tem alternativa e é obrigado a engolir ou porque se gosta?

    Graças a deus eu tenho alternativa, MAS não vou ser hipócrita, assisti 1 ou 2 vezes. Porque? Não sei.

    ResponderExcluir
  29. Muito bom o texto Fabio. Lembro quando eu era criança que todos os meus amigos assistiam e meus pais não deixavam. Eu acabava sendo excluída das rodinhas de conversa, mas hoje percebo como isso valeu a pena, pois já tenho claro que tipo de programa o BBB é, e não me atrai.
    Acho que nós simplesmente queremos um descanso, uma pausa. Como diz minha mãe quando eu a questiono sobre assistir novela, é apenas para "desligar o pensador por uma hora". Temos que aproveitar a vida, sendo cultos mas sabendo vivê-la e diferenciar o certo e o errado. Sei lá, é muito confuso. Só queria falar uma coisa para te animar também: Esse ano a audiência do BBB foi a menor de todas, quem sabe não temos salvação?

    ResponderExcluir
  30. Nota 10 Fábio. A programação televisiva hoje, realmente encheu o saco mesmo, encheu de derramar. Vou ser pai daqui a três meses e já estou preocupado em como educar o meu filho, ora, na educação dos filhos atualmente, temos uma concorrente muito forte, a mídia. E é essa a minha preocupação.

    ResponderExcluir
  31. http://www.youtube.com/watch?v=f5SxQ5Uoilg&lc=91_t3HS1zJkBe-rRf41asN4TweoOdylfJD7S-zDJ8p8&feature=inbox

    Isso sim eh entretenimento!! O resto eh balela...

    HUAHUAAHU

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pior os comentários... o povo ficou doido!!

      Ps. Que mico, hein?
      Ps2. O fabio estava mtooo gordinho!! O_o

      Excluir
    2. O melhor comentario de todos os videos foi:

      GAYTARDS!!!

      HUAUHAHUA

      Excluir
  32. Oi Fábio também concordo com teu pensamento, essa febre do BBB já deu o que dar, mas fazer o que!!!As pessoas adoram dar uma espiadinha na vida dos outros! Isso é que dar audiência, beijos♥

    ResponderExcluir
  33. Eu assisti os dois primeiros BBBs e confesso... mas, depois fui tomando antipatia pela TV aberta. Não sou daquelas pessoas chatas que diz que a única coisa que presta é a TV fechada, até mesmo pq seria idiotice minha, pois temos muita porcaria nessa também. Mas, tbem temos mais opções, ou seja, posso escolher o que desejo ver. No entanto, de algum tempo para cá, nem canal fechado tenho visto mais. Agora sim, pode me chamar de chata. hahahahahahahha... tudo o que eu gosto de ver tenho pela internet... os filmes(minha grande paixão) eu vejo em DVDs ou baixo. Enfim, televisão virou algo totalmente dispensável para mim.

    Abraços

    ResponderExcluir
  34. Oi Fábio, beleza?


    Olha, rapaz, concordo e discordo de algumas coisas. Também confesso que tenho uma coisinha aqui em mim de "ar superior" por gostar de música clássica(e afirmar peremptoriamente que funk não é música), de ler os clássicos e de achar que o ateísmo e o ceticismo radical são simplistas demais.

    Teu texto fala do BBB mas na verdade ele fala mesmo é da vida! da absurda vida, do sem sentido da vida...mas afinal de contas, qual o sentido de dizer que não há sentido?

    Eu assisti aos 3 primeiros BBBs sem entrar muito na paranóia de fazer análises sociológicas ou filosóficas sobre o programa, eu queria mesmo era me divertir sem precisar pensar...(ops, será que fui egocêntrico???); eu gostava de ver as provas e o que o confinamento poderia fazer com as pessoas, mas sem esquecer que aquilo era apenas e somente apenas, um jogo no qual o vencedor ganhava dinheiro.

    Mas concordando com você, já deu. Tá chato e enjoado, perdeu a graça. Não consigo mais ver. (a não ser as espiadinhas nas beldades à beira da piscina que eu não sou de ferro...)

    Agora, quero destacar sua intrigante frase:

    "Em última instância, vamos morrer e tanto faz o que fizemos ou deixamos de fazer em vida.'

    Eu discordo totalmente de você. O que nos fazemos aqui, em última instância, faz muita diferença para quem vai receber o seu legado(a não ser é claro, que você não tenha família, descendentes, amigos...).

    Durante nossa caminhada, o que dizemos, o que fazemos, as nossas escolhas, fazem muita diferença para nós e para outros. Como você gostaria de ser lembrado se você morresse amanhã? (toc toc toc na madeira rsss).

    Esse é um dos problemas dessa filosofia cética de que somos a vida, a existência e nós humanos, somos apenas acidentes que não têm sentido algum. Hora, se não há nenhum sentido, prá que de fato se preocupar em dar um sentido, uma direção à vida?

    Aliás, esse é um paradoxo que vejo em muitos ateus, eles dizem que não há sentido na existência nem na existência humana, mas eles próprios acham que não dá para viver uma vida sem nenhum sentido!

    O ser pensante que foi feito sem sentido e por acidente de percurso, tem como motivação básica da vida, buscar sentido nas coisas. Qual o sentido de se amar alguém? qual o sentido de ser filho de seus pais? qual o sentido de se ter um filho? qual o sentido que o faz levantar toda manhã para trabalhar? qual o sentido que o leva a sentar-se em frente ao computador e escrever que a vida não tem sentido algum?

    Bem, amigo, acho que até extrapolei até onde você disse não haver sentido, mas queria enfatizar isso. A vida só vale a pena ser vivida se tiver algum sentido. Mesmo que seja achar que ela não tem sentido algum.

    Valeu, abraços.

    ah, e o poema lá no seleções é meu sim; veio-me à mente e ao coração sem sentido algum...rssssss

    ResponderExcluir
  35. Fábio, desculpe, mas vou escrevendo e quase não corrijo e então, depois que publico é que vou ler e aí encontro um monte de erros...rsssss

    ficou truncado essa frase:

    "Esse é um dos problemas dessa filosofia cética de que somos a vida, a existência e nós humanos, somos apenas acidentes que não têm sentido algum. Hora, se não há nenhum sentido, prá que de fato se preocupar em dar um sentido, uma direção à vida?"

    leia-se:

    Esse é um dos problemas do ceticismo: que a vida, a existência, os seres humanos e toda a riqueza complexa da natureza e do universo, são apenas acidentes que não fazem sentido e que não possuem sentido. Ora, se não há nenhum sentido, prá que de fato se preocupar em dar um sentido, uma direção à vida?"

    Assim ficou melhor.

    ResponderExcluir
  36. Eita, será que tem espaço pra mim?

    Li o título da postagem e logo fui escorregando pela leitura e percebendo como ela iria muito além do assunto propriamente abordado.

    Acho que há um grande paradoxo nisso tudo, como nesse período a gente internamente muda e o mundo nos parece o mesmo quando olhamos para fora de nossa janela.

    Daí entra o BBB, com sempre a mesma promessa de entretenimento, jogando em nossas caras como somos "esteticamente" imperfeitos e "mal" afortunados...

    Sempre a mesma coisa...

    E nós mudamos...

    É inevitál, se é para melhor, ninguém sabe...

    ---------------------

    Em Maio irei a São Paulo e terei a oportunidade de conhecer a Livraria da Vila. Não vejo a hora!

    ResponderExcluir
  37. Minha filosofia de vida é mais ou menos a que você destacou quando falou no que você acredita.
    Quando eu estava na faculdade eu me tornei hardcore com esse negócio de intelectualidade, achava que isso era o que interessava e o resto - como o BBB, a Igreja, o futebol - eram futilidades que só preenchiam o vazio cultural das pessoas como comer um belo pacote de cheetos depois de chegar em casa morto de fome.
    É preciso haver um equilíbrio sim. Não adianta se empavoar como um intelectual, encastelado atrás de um monte de argumentos científicos se você não consegue colocar uma finalidade prática no que você aprendeu. Precisamos nos adaptar ao mundo e a realidade é essa: piranhas na tv, jogadores falando e fazendo merda e sendo idolatrados, cultura baseada na aparência. Não vamos mudar nada querendo que os outros ouçam nossas músicas e pensem como nós. Isso é fazer espuma.

    E com licença que está na hora do Pânico. :D

    ResponderExcluir