2 de outubro de 2011

O Fluminense e o impossível

O estádio não é grande, mas os times são. Gigantes.
A grama é maltratada, o campo pequeno. Mas em qualquer lugar do mundo onde Fluminense e Santos estiverem jogando, haverá futebol. Às vezes mais que isso. 

Hoje teve mais que isso.

O Santos tem a camisa mais tradicional do Brasil. Nenhum time personificou tão bem ao longo da história a alma do verdadeiro futebol, a alegria de se jogar bola. O Santos ataca, o Santos pressiona, o Santos troca passes e vai para cima. Vai pra cima de Fluminense, de Olaria, de Barcelona. O Santos vai pra cima de quem for, na Vila, no Maracanã, em Volta Redonda.

Não importa onde, não importa contra quem - o Santos vai pra cima.

O Santos tem Neymar, e hoje em dia isso é quase como ter Pelé. Neymar é pura poesia no gramado, a bola gruda em seu pé e ele faz o que quer com ela. E ele quer fazer gol. E ele faz. Aos 32, no cantinho, Santos 1 x 0.
Resultado mais que justo após meia hora de massacre.

Quem pode parar Neymar em dia inspirado? Quem pode parar o Santos?
Apenas um time de guerreiros poderia conseguir tal façanha.
Não há feito impossível para um time de guerreiros.
Não há feito impossível para o Fluminense.

Fred deixa Marquinho na cara do gol pela segunda vez. Pela primeira a rede santista balança. O Fluminense empata e o pequeno estádio vira um caldeirão.

No segundo tempo, o Santos volta para jogar bola. O Fluminense volta para batalhar na guerra. Rafael Sobis dispara um míssil no ângulo e o Fluminense vira. O jogo parece decidido, mas um guerreiro age de forma desleal e saí do campo de batalha.

Era a fagulha que o Santos precisava para voltar a brilhar. Renteria empata nos minutos finais e o resultado parece estar decretado. E estaria, se do outro lado não estivesse o tricolor das laranjeiras.

O jogo vai aos 50 e o Fluminense com um homem a menos tem a última chance do jogo numa cobrança de escanteio. O tricolor tem uma chance improvável para obter uma vitória heróica, quase impossível.

E isso basta ao Fluminense - a palavra "impossível" ser pronunciada.
 
Nem Fred, nem Neymar, nem Rafael Sobis, nem Borges. Quem brilha no instante derradeiro é Márcio Rosário, de cabeça, no canto.
Fluminense 3 a 2.

A festa é tricolor.
E o impossível também.

4 comentários:

  1. Muito bom o texto tricolor...

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  2. Traduziu.e MUUUITO,Véio!
    mAIS 1 jOGO mEMOR´PAVEL,DO tIME DE gERREIROS!
    sE Ñ PELA TÉCNICA,..FOI PELA GARRA,qUALIDADE E HOMBRIDADE DOS NOSSO jOGADORES.
    tENHO A CERTEZA Q SEU O "cAYMAR" SE JOGAR EM 1 PESCINA ,TIPO "tONY,VAI MATAR AFOGADOS 98% DAQUELES COMENTARISTAS DA SPORTV,PREMIERE..:DEU NOJO D FICAR OUVINDO AQUILO,ENTEM!,
    MS,..O Q MUITOIS CHAMAM D IMPOSSIVEL,..EU CHAMOU D ...FLUMINENSE FOOTBOLL CLUB!]sAUDAÇÕES TRICOLORES...SEMPRE!!

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  3. Excelente texto, que retrata o Fluminense com a paixão que ele merece.

    Mas não eaqueça que só raça não ganha. É preciso técnia também e o Fluminense teve muita, em alguns momentos até de sobra.

    Parabéns.

    Saudações Tricolores.

    Helio R. L.

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  4. Elsno, eu gosto (e muito) do futebol do Neymar, mas realmente às vezes protegem demais o garoto, tanto a arbitragem quanto os comentaristas.
    Mas o cara é gênio, fato.

    Helio, enfatizei a raça, mas sem dúvida o Flu apresentou muita técnica sim. Antes do Santos abrir o placar o Marquinho havia perdido um gol incrível, num passe de muita qualidade do Fred por exemplo.

    Voltem sempre para acompanhar as crônicas (nem sempre sobre o Flu, mas vou procurar agradar à todos os amantes do futebol).


    Saudações tricolores! (do tricolor paulista no meu caso).

    Abraço.

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