25 de setembro de 2011

Bom jogo no Engenhão


O jogo mais marcante que me lembrava contra o Botafogo no Engenhão foi no campeonato de 2009. Na ocasião, o São Paulo brigava pelo título e o Fogão lutava para sair da Zona de Rebaixamento. Um "inspirado" Jobson colocou o Botafogo na frente. O São Paulo vira e com o empate que viria logo mais entre Flamengo e Goiás, estava com as duas mãos na taça. A torcida tricolor cantava "seremos campeões mais uma vez" quando o Botafogo empatou e no finalzinho, Jobson marca de novo na eletrizante e merecida virada. Botafogo 3 x 2 São Paulo, placar final.


Hoje o jogo era de igual importância, mas como deve ser nos confrontos entre gigantes, ninguém brigava para sair do rebaixamento, os dois brigavam pela ponta da tabela, pelo título. O Botafogo é o melhor mandante do campeonato, marca no campo do adversário, sufoca. O São Paulo é o melhor visitante, se fecha na defesa e aposta na velocidade de Lucas e Dagoberto. Mas hoje não tinha Dagoberto, tinha Marlos. E o nível técnico cai muito com isso. Surpreendentemente o São Paulo toca a bola, no chão, sem pressa, sem chutões, mas também sem muita objetividade - como ter objetividade com Cícero de centroavante? O Botafogo cabeceia na trave, o São Paulo responde também de cabeça, o goleiro espalma. Na velocidade, Lucas tenta encobrir, mas erra o alvo. Na velocidade Maicosuel rompe a defesa tricolor, cruza para Loco Abreu sozinho dentro da pequena área abrir o placar. O Fogão está na frente e continua indo pra cima, dominando. Loco chuta, Rogério faz milagre, mas no rebote Wellington comete pênalti. Loco desloca Rogério e o Botafogo amplia.


O São Paulo mexe na volta para o segundo tempo. Sai Juan, e poderia ter entrado qualquer um que seria uma substituição acertada. Entra Rivaldo, e o vovô estava a fim de jogo. Também entra Henrique no lugar de Marlos. O São Paulo ameaça, mas quem tem a melhor chance é o Botafogo. Loco Abreu, o artilheiro, o matador uruguaio, dentro da pequena área chuta por cima, perdendo a chance de fechar o caixão tricolor. O glorioso vai pra cima, a estrela solitária  brilha, o Fogão vai vencendo, jogando bem e galgando mais 3 pontos em direção ao topo.

Mas o São Paulo é o time da fé.

Henrique, com oportunismo desconta. O Botafogo se encolhe e já não consegue impor velocidade no contra-ataque. O São Paulo domina, pressiona, Wellington manda na trave. O São Paulo insiste. 4 minutos de acréscimo. Lucas sofre falta, é de longe, mas quem vai para a bola é Rogério Ceni, o mito, o capitão, o goleiro artilheiro, amado e odiado. E ele coloca a bola na cabeça de Rivaldo, o campeão do mundo, o maior jogador da Copa de 2002. O São Paulo empata de maneira heroica e quase consegue uma virada improvável nos pés de Rivaldo, nos últimos segundos. A bola vai por cima, o jogo acaba.

O empate é justo e mantém os dois na briga, correndo atrás do gigante da colina que superou o Cruzeiro fora de casa e disparou na ponta.




5 comentários:

  1. O final desde jogo, compensou mtos outros que assistimos recentemente.
    Gostaria que jogassem com essa vontade de vencer todas as vezes!

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  2. gostei do texto....só n gostei de lembrar daquela maldita virada! rs

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  3. Alberto, aquela maldita virada foi uma m**** mesmo. Ainda depois perdemos aquele jogo para o Goiás e deixamos o título de presente para o Flamengo. Tudo bem que o STJD ferrou com a gente, punindo o Borges, Dagol e Jean com 3 jogos de suspensão, mas foi muita incompetência. Espero que esse ano a história seja outra.

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  4. Não concordo FBS, nós ñ perdemos aquele titulo e o Flamenguin não ha conquistou, foi as Galinhas e as bonequinhas do time do Greminho que deu de presente o titulo pra o Flazinho, ano ridiculo para o futebol brasileiro...

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