23 de janeiro de 2012

Novos Velhos Amigos

Ir ao Morumbi assistir o primeiro jogo da temporada é como voltar para casa e rever velhos amigos.

Novos velhos amigos. Algumas caras novas, outras já conhecidas, mas a camisa é a mesma e isso é tudo o que importa, é tudo o que fica. O uniforme branco, com as duas faixas, uma vermelha outra preta, e o escudo. O escudo mais vencedor do Brasil na camisa que impõe respeito onde quer que seja vista. No Morumbi não é só respeito, no Morumbi ela coloca medo, terror. A camisa que me encantou desde a primeira vez que vi o esquadrão tricolor entrar em campo quando era pequeno, há sei lá quantos anos. Não importa, só o que importa é a camisa branca, a grama verde, a garoa cinza que cai no Morumbi e todas as lembranças e sonhos que isso traz à memória.

E ontem era Domingo e eu fui lá no Morumbi, ver o primeiro jogo da temporada. A primeira impressão foi boa, muito boa. Mas no futebol, a impressão que fica não é a primeira e sim a última. Uma excelente campanha pode ser completamente esquecida e destruída por um jogo ruim, por um gol inesperado, por uma bola que não entra. Um time pode ser o melhor do mundo em uma semana e pipoqueiro na outra, ou passar de "time sem vergonha" a "pintou o campeão" em um único jogo. O futebol é assim, injusto e belo como a vida.

Mas agora ainda estou com a primeira impressão, porque até quarta-feira ela ainda é a última e como já disse, ela foi boa. Também, após uma temporada lastimável, onde a apatia e falta de comprometimento de muitos jogadores nos renderam vergonhosas eliminações, não teria muito como piorar. Mas o time surpreendeu, de maneira positiva. Não pela goleada, mas pela vontade demonstrada, pela postura. Se em lembranças recentes nossos jogadores fugiam das divididas e andavam em campo perdendo um jogo decisivo, agora vimos um time que dá carrinho aos 45 do segundo tempo com 4 x 0 a favor. Vimos um time que continua indo pra cima e se impondo, com 1 x 0, 2 x 0, 3 x 0, 4 x 0. Vimos jogadores focados, disputando cada bola, cada dividida. Vimos um time tentando jogar com a bola no chão, controlando o jogo, como um time grande deve fazer. Como o São Paulo deve fazer. Sempre. Vimos um Lucas infernal, um Luís Fabiano com fome de gol, um Cortês com técnica e vontade, um Wellington guerreiro, um Rodolpho sério e comprometido. Vimos um TIME. Parece o básico, parece ridículo dizer isso, mas fazia tempo que eu não via o São Paulo jogar como um time. Era só chutão, jogadas individuais, cabeças baixas.

Continuaremos com o mesmo empenho? Foi só fogo de palha? Como o time vai se comportar na adversidade - terá forças para reverter o placar? Como serão os clássicos - vamos atropelar ou pipocar?

O espírito mudou, isso foi bem nítido. Mas é cedo para se dizer qualquer coisa, é cedo para avaliar. O futebol não é uma ciência exata e se fosse não teria a mesma graça. E também não gosto muito de me deixar levar pelo sentimento gerado por uma partida isolada, afinal - "quanto menos afirmações um homem fizer, menos tolo ele vai parecer depois". Mas como também não gosto de ficar em cima do muro, vou dar a minha opinião/palpite, com muita cautela é claro - "PINTOU O CAMPEÃO PORRA!!!!".



AVANTE MEU TRICOLOR!

Já encheu o saco - Kassab

Dizem que a primeira impressão é a que fica. A primeira impressão que tive do nosso ilustre prefeito Gilberto Kassab foi das piores. E além de ter ficado,  essa impressão se consolidou e se intensificou com o tempo. Na verdade, dificilmente eu tenho uma boa impressão de qualquer político, nem me lembro qual foi a última vez que votei em alguém (bom, na verdade eu me lembro sim, mas tenho vergonha de dizer), faz bastante tempo que venho anulando meu voto ou votando em alguém que "vou um pouco com a cara", normalmente um candidato que não tem a menor chance.


Esse é um ponto que gostaria de colocar em debate, talvez até com um texto mais dedicado futuramente - existe mesmo democracia? Toda eleição vem a turminha politizada falar em "voto consciente", mas quais são as ferramentas do cidadão comum para conseguir o tal voto consciente. Como vasculhar o passado de um cara novo no cenário político (Kassab por exemplo)? Como prever o que o cara vai fazer no futuro? E ainda mais - de que valerá o seu voto consciente contra os milhões de votos comprados pela lavagem cerebral que a propaganda política faz com a massa? Enfim, meu voto acaba sempre indo pelo subjetivo "fui com a cara" ou "esse é um psicopata" (o que pensei quando vi o Kassab). Claro, no caso de políticos conhecidos e seus afilhados (Maluf e Pitta por exemplo) temos a chance de nos basear em administrações passadas (a chance que agora temos com o Kassab), mas quando o político é novo fica mais difícil.


Mas eu querendo ou não, o cara se elegeu e logo se mostrou um político totalmente populista, frequentemente entrando em evidência na mídia por medidas "polêmicas" que pouco ou nada acrescentaram à vida das pessoas. Reconheço, a lei "Cidade Limpa" foi uma das melhores coisas feitas em muitos e muitos anos. A princípio me pareceu bobagem, mas é realmente impressionante a diferença que a (ausência da) poluição visual faz. Paralelo a isso, Kassab se destacou como falso moralista, combatendo e fechando as casas de prostituição (igual o americano Eliot Spitzer). Eu não tenho nada contra nem a favor das casas de prostituição, nem do moralismo. Só não gosto de hipocrisia. Se é pra fechar, que se feche tudo então. Não foi o que aconteceu. Foi fechada a casa "Bahamas" (a mais famosa de São Paulo) e mais uma meia dúzia, só para "dar ibope" (e ferrar com o Oscar Maroni). O hotel ao lado do Bahamas, que dizem atrapalhar os aviões que chegam ao aeroporto (e acho que deve atrapalhar mesmo) ainda está lá de pé. E não é muito difícil imaginar o que se passa dentro de alguns estabelecimentos funcionando a pleno vapor na rua Augusta. Qual era a intenção dessa medida? Combater o trabalho escravo e a exploração? Se era isso, porque antes não dar uma olhada nos porões das lojas de roupas na José Paulino? Acredito que os bolivianos que estão lá mereçam mais atenção e preocupação do que as moças que "trabalhavam" no Bahamas.


Apesar de mostrar instabilidade emocional, agredindo um idoso que foi cobra-lo em um posto de saúde, Kassab se reelegeu. E tome (dissimulada) incompetência. Um exemplo que presenciei de perto - a barragem que segurava a água no lago do parque da Aclimação se rompeu e o lago ficou vazio. A oportunidade poderia ter sido aproveitada para limpar o fundo do lago, deixando-o mais limpo e bonito quando a água voltasse. Mas não, Kassab achou melhor encher o lago, para depois esvazia-lo novamente e então limpa-lo. Acabou fazendo tudo pela metade e o parque agora tem meio lago e meio pântano em seu centro. O prédio que foi implodido na semana passada é outro exemplo de inteligência e de cara de pau do prefeito, insistindo que tudo deu certo. A operação que está sendo realizada na cracolândia também não me parece ser das mais acertadas (visão compartilhada pelos policiais). A criação do novo partido é um exemplo de ética e transparência.


E o auge - 420 milhões de dinheiro público disfarçados de "incentivos fiscais" destinados a um estádio de futebol, o tal Fielzão, que supostamente vai ajudar a desenvolver a Zona Leste. Não sou engenheiro, mas sinceramente acredito que para se construir uma escola, uma creche ou um hospital não seja necessária a presença de um estádio nas imediações. Dinheiro público doado para duas instituições privadas - o Corinthians e a construtora Odebrecht (não precisa ser mãe Diná para saber quem será a campeã das licitações de agora em diante). Tudo isso para São Paulo ter a abertura da Copa em 2014. Já seria absurdo e total falta de senso de prioridade, mas por que não investir esse dinheiro no estádio municipal então? A cidade realmente precisava de mais um campo de futebol? Quem vai jogar no Pacaembu quando o Corinthians mandar seus jogos no Fielzão? Mais prejuízo para os cofres públicos. Mas como bom populista, Kassab viu que com essa manobra poderia perder o voto das outras torcidas e decretou - vamos ajudar os outros times também! Compareceu na cerimônia de apresentação da cobertura do Morumbi, mostrando total apoio ao projeto, que pelas regras atuais não poderia ser realizado. Com a cobertura, o Morumbi ultrapassaria o limite de área construída permitida. Mas isso não é problema, claro. Não para o nosso prefeito, que mandou a seguinte pérola - "Tem coisa que é ilegal. Mas quando a gente tem transparência, apresenta o projeto para aprovação e ele se torna legal". Incentivos fiscais e vista grossa nas obras do Palestra? Acho que é questão de tempo.


Cargos maiores do que o de prefeito? Infelizmente acho que é só questão de tempo também. O futebol provavelmente garantiu muitos votos ao Kassab. Não o meu.


Kassab nunca mais.



20 de janeiro de 2012

Engenheiros do Hawaii - Piano Bar



Gostaria de ter ido em um show dessa banda. Oportunidade não faltou, mas fui deixando, o tempo passou e agora já era. Quer dizer, eles ainda fazem shows pelo que vi, mas o legal mesmo era a formação original, agora só ficou o Humberto.



O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde e eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor

O que você não pode, eu não vou te pedir
O que você não quer, eu não quero insistir
Diga a verdade, doa a quem doer
Doe sangue e me dê seu telefone

Todos os dias eu venho ao mesmo lugar
Ás vezes fica longe e difícil de encontrar
Mas quando o neon é bom
Toda noite é noite de luar

No táxi que me trouxe até aqui
Willie Nelson me dava razão
As últimas do esporte, hora certa
Crime e Religião

Na verdade nada
É uma palavra esperando tradução

Toda vez que falta luz
Toda vez que algo nos falta
O invisível nos salta aos olhos
Um salto no escuro na piscina

O fogo ilumina muito, por muito pouco tempo
Por muito pouco tempo, em muito pouco tempo
O fogo apaga tudo, tudo um dia vira luz
Toda vez que falta luz, o invisível nos salta aos olhos

Ontem à noite, eu conheci uma guria
Já era tarde, era quase dia
Era o princípio num precipício
Era o meu corpo que caía

Ontem à noite, a noite tava fria
Tudo queimava, nada aquecia
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão

Ontem à noite, eu conheci uma guria, que eu já conhecia
De outros carnavais, com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão

No iníco era um precipício
Um corpo que caía
Depois virou um vício, foi tão difícil
Acordar no outro dia

Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão
Parecia que era minha

17 de janeiro de 2012

Dois pequenos milagres


Presenciar eventos impossíveis, milagres, é o tipo de coisa que costuma levar algumas pessoas a crer no divino. Bom, quando eu tinha 9 ou 10 anos, presenciei algo que pode ser considerado um milagre. Eu possuía então uma pequena arma de brinquedo – algo bem educativo, brinquedo de macho! – que atirava dardos. Esses dardos possuíam pontas plásticas, ventosas no estilo “desentupidor de ralo” de modo que ficavam presas quando atiradas contra um vidro ou outra superfície lisa. Bem, esses dardos acabaram se quebrando ao meio, de tanto que foram atirados e recarregados. Depois disso, continuei carregando a arma com a metade inferior dos dardos, empurrando-os com o auxílio de uma caneta. Antes, a ponta de plástico ficava para fora da arma, mas agora era impossível saber quando a arma estava carregada, pois a metade do projétil ficava completamente encoberta no cano da arma. Não sei se me fiz entender, mas vamos direto ao milagre. Quando vi minha avó pela primeira vez desde que ganhei a tal arma, fui logo mostrar o brinquedo para ela, de uma maneira peculiar – colocando o cano da arma a 5 centímetros de seu olho esquerdo. 

Havia me esquecido completamente que tinha metade de um dardo ali e puxei o gatilho. Quando ouvi o som da mola projetando a seta quebrada, meu sangue gelou, mas já era tarde. O primeiro pensamento que me veio à cabeça foi “deixei minha avó cega”. Cinco centímetros, não havia como errar, mas milagrosamente o dardo passou do lado da cabeça dela indo parar sobre o guarda-roupa. Como? Deus desviou a seta? Minha avó - minha avó – se esquivou? Teria eu agido por puro reflexo e desviado a arma alguns milímetros salvadores ao ouvir a mola da arma começar a se soltar? Muitos podem dizer - “Claro que foi Deus! Sua avó é uma pessoa de fé, Deus a protegeu com toda certeza”. Sim, pode ser.
 
Mas então, deixe-me relatar outro "milagre" que presenciei, dessa vez quando tinha 13 anos. Jogávamos futebol na quadra da escola e havia dois garotos que jogavam muito, mas muito mal mesmo. Eu era um deles. No geral, minhas atuações eram desastrosas, mas, vez ou outra eu marcava um gol. O outro, outro, além das atuações desastrosas, não marcava gol nunca, nunca mesmo! Três anos jogando juntos, incontáveis partidas e nenhum gol. Certo dia, depois de uma jogada inusitada (o goleiro quis sair driblando e perdeu a bola no campo de ataque), a bola parou em cima da linha do gol, literalmente. Correndo sozinho em direção à bola, veio o garoto. Todos em quadra gritaram “não acredito, ele vai marcar!”. A bola estava em cima da linha, não havia como errar... mas ele errou, chutou por cima. 

Depois das gostosas e cruéis gargalhadas eu me perguntei e me pergunto até hoje – como? Tentamos repetir a façanha inúmeras vezes, obviamente sem sucesso. Foi algo incomum, impossível, assim como muitas das coisas chamadas “milagre”, mas nesse caso, ninguém levanta a hipótese de intervenção divina. Afinal, por que Deus interferiria num jogo de criança? Ele deve ter coisas mais importantes para fazer, como impedir que os homens façam guerra ou que a ganância de um punhado cause a fome e desgraça de milhares. Certo?

14 de janeiro de 2012

Dicas de vídeo [08]

Em um Mundo Melhor 
Filme Dinamarquês que levou o Oscar de melhor filme estrangeiro (concorrendo com "Biutiful" que também é um grande filme, com um grande ator). Na minha opinião o prêmio foi merecido, não é nada que se diga "nossa, que puta filme!", mas é algo fora do convencional, é algo bonito, uma história que se desenrola e envolve sem querer dar lição de moral.
Eu achei muito bom e recomendo.



K-Pax - O Caminho da Luz 
Esse filme não fez muito sucesso nos cinemas, em parte devido aos atentados de 2001 (O lançamento foi bem nessa época). Eu não gosto de ficar falando da história dos filmes aqui, mas essa é mais ou menos o seguinte - o Kevin Spacey chega do nada, falando que veio do planeta K-Pax. Então ele começa a fazer tratamento psiquiátrico, mas com o tempo vai ficando a dúvida (para quem está assistindo e para o próprio psiquiatra) se ele é maluco ou se realmente veio de outro planeta. A premissa é legal, a trama é bem trabalhada e o final não decepciona (nenhum deles aliás... tem final alternativo).

Imperdível! 



Lixo Extraordinário    
Documentário que acompanha o artista Vik Muniz em um aterro onde catadores de lixo (ou melhor - catadores de material reciclável) sobrevivem e formam uma comunidade. A idéia do artista é transformar o lixo em arte e mudar um pouco a vida daquelas pessoas, ajudando-as de alguma forma. Eu estudei história da arte, pintura, artistas e uma série de coisas, mas sendo bem sincero, nunca entendi muito bem o conceito da arte contemporânea - rabiscos, tinta jogada na tela, objetos sobrepostos fora de contexto... bom, continuo sem entender, mas nesse filme a gente pelo menos têm uma idéia do processo criativo de um artista e de suas intenções com a obra.

O resultado é sensacional.




O Homem ao Lado   
Bom filme argentino. Vi algumas classificações como "comédia" e talvez realmente seja a melhor classificação, mas é um humor bem sutil, de poucas gargalhadas. É um riso meio constante e nervoso, uma expectativa de que uma hora vai dar alguma coisa errada com um dos personagens.

Vale a pena!



 


O Super Lobista   
K-Pax é imperdível. Já esse outro filme do Kevin Spacey é totalmente dispensável. A história é contada de um jeito confuso e a interpretação muito caricaturizada. A história é até interessante, baseada em fatos reais, mas foi muito mal aproveitada. Fraco!

Não recomendo.



5 de janeiro de 2012

HQ - Watchmen

Eu sempre fui fã de histórias em quadrinhos. Desde que fui numa banca que vendia gibis velhos perto da minha casa e comprei meio que por acaso "Novos Titãs e X-Men contra Fênix Negra" (putz, faz tempo...) comecei a ler e não parei mais. Lia de tudo, turma da Mônica, Luluzinha, Snoop... mas minha paixão mesmo eram as histórias de heróis, principalmente os da Marvel Comics. No meio de um desses gibis (Superaventuras Marvel eu acho...), vi o anúncio da mini-série que seria lançada em breve - "Watchmen". Quadrinhos adultos, história elaborada, Alan Moore, prêmio isso, não sei o quê aquilo. Bom, eu era criança e não me interessei, não imaginava como aqueles heróis esquisitos poderiam ser mais legais do que o homem-aranha. E quem quer saber de histórias elaboradas com 8 anos?

Alguns anos depois, fazendo curso técnico de desenho, onde 90% dos alunos também eram aficcionados por HQs, dizer que nunca tinha lido Watchmen soava pior que uma blasfêmia. E coincidiu mais ou menos nessa época o relançamento dos 12 volumes. Comprei o primeiro, depois de ler estava contando as horas para o lançamento da próxima edição. E a mesma agonia da espera se repetiu até o último volume. Não conseguia conceber na época (e nem agora!) como uma história podia ser tão bem elaborada e tão bem contada. Alan Moore definitivamente entrou para o meu panteão de escritores sagrados.

Anos mais tarde, a contragosto de Moore, fizeram a versão para o cinema de V de Vingança. Logo depois veio Watchmen. Honestamente eu não acreditei que aquela história poderia ser adaptada de maneira decente para o cinema, mas o resultado surpreende, o filme é sensacional. Mas o prazer de ler a HQ é muito maior, a quantidade de detalhes e nuances dos personagens, os diálogos, tudo. Depois de assistir o filme, procurei na minha coleção as 12 revistas e li tudo novamente. E para minha surpresa, foi como se estivesse lendo uma história quase que inédita. Vi muitas coisas de uma maneira bem diferente do que vi da primeira vez. Rorschach é o melhor exemplo. Da primeira vez que li, considerei ele a justiça personificada. Na segunda vez já o vi como um sociopata (ainda fazendo justiça, mas com um toque de psicopatia).


Essa HQ é extremamente recomendada para todos que apreciam uma boa história e uma boa leitura (infelizmente acho que não são muitas pessoas e o número parece diminuir cada vez mais). Para quem não tem paciência de ler, o filme também é bem recomendado, os efeitos especiais podem desviar um pouco o foco, mas enredo principal está lá.


2 de janeiro de 2012

Ramones - I Wanna Be Sedated


Para começar bem o ano! 



Twenty, twenty, twenty, four hours to go
I wanna be sedated
Nothing to do, nowhere to go, oh
I wanna be sedated

Just get me to the airport, put me on a plane
Hurry, hurry, hurry before I go insane
I can't control my fingers, I can't control my brain
Oh no, oh, oh, oh, oh

Twenty, twenty, twenty, four hours to go
I wanna be sedated
Nothing to do, nowhere to go, oh
I wanna be sedated

Just put me in a wheelchair and get me on a plane
Hurry, hurry, hurry before I go insane
I can't control my fingers, I can't control my brain
Oh no, oh, oh, oh, oh

Twenty, twenty, twenty, four hours to go
I wanna be sedated
Nothing to do, nowhere to go, oh
I wanna be sedated

Just put me in a wheelchair, get me to the show
Hurry, hurry, hurry before I go loco
I can't control my fingers, I can't control my toes
Oh no, oh, oh, oh, oh

Twenty, twenty, twenty, four hours to go
I wanna be sedated
Nothing to do, nowhere to go, oh
I wanna be sedated

Just put me in a wheelchair, get me to the show
Hurry, hurry, hurry before I go loco
I can't control my fingers, I can't control my toes
Oh no, oh, oh, oh, oh